GEDDEL, O TRAIDOR, RECICLÁVEL, SE F....!

DESCULPEM OS TERMOS, MAS FOI O QUE ACONTECEU COM A XEROX (mal feita...) DE ACM.

SÓ FALTA AGORA ELE SAIR DA “CLANDESTINIDADE” e explicitar o seu apoio à Serra para presidente, para completar os resultados de suas maquinações que, deram todas erradas.

Wagner fez uma jogada de mestre na política baiana. Só estava esperando a definição do PDT pra fazer este artigo.

Colocando o dedo na ferida e olhando o que está e estava por trás das ações dos políticos, a historia da puxada de tapete em Geddel passa pelos seguintes fatos objetivos.

O Reciclável, como já analisado em vários artigos aqui neste Blog, desde o primeiro dia do governo Wagner, já tinha como meta ser o candidato a governador em 2010, tentava fazer com que os cargos que indicou na administração fizessem a sua política ao invés da do governador, (conseguiu muito pouco...) e empreendeu uma vigorosa política de atração dos prefeitos do interior.

Com o inchaço do PMDB (“115” prefeitos) achou que era hora de fazer o tensionamento final, romper com Wagner, aproveitando-se da aparente fraqueza do DEM de Paulo Souto, apresentar-se como a “terceira via”, aglutinando um grupo de partidos em torno de si.

O Reciclável sonhou até em ser apoiado pelo DEM. Fez varias articulações e ações conjuntas com este objetivo (eleição da Assembléia e UPB, por exemplo...) até que em determinado momento os carlistas (que não confiam nele.. o conhecem bem, pois saiu do seu seio...) puxaram seu tapete forçando que saísse da “clandestinidade” e apoiasse Serra, para receber "apoio".

Só que não dava, ainda, para largar a mamata do ministério que dirige (e só Deus sabe o que rola lá dentro...) e ele partiu, a passos largos para fechar a negociação com, (aí é que vem o detalhe!) o PDT, PP, PTB e PR, se viabilizando como forte candidato ( e realmente seria), apresentado-se como terceira via, atraindo, no primeiro ou no segundo turno, o DEM para tentar derrotar Wagner.

GEDDEL JÁ TINHA UMA CHAPA PRONTA COM O PP, PR, PDT, PTB E TODOS OS PARTIDOS PEQUENOS ABRIGADOS NA ADMINISTRAÇÃO DE JOÃO!

ESTA É A ESSÊNCIA DO QUE FOI DESMONTADO POR WAGNER!

De forma magistral, com jogada de mestre, Wagner, assumindo a articulação política, e muito claramente e provavelmente com o APOIO PRA QUEM QUISER VER DE LULA AO “GALEGO” ( vide Lupi...) desmontou e está desmontando o resto da articulação que poderia sim, jogar a Bahia nas trevas.

Daí é que se explica a atração do PP, com Leão na importante secretaria, ficando a seqüela com a fantástica Moema, mas que não vai causar prejuízos à administração, porque Leão é reconhecido como tocador de obras.

Explica-se a entrada de cena de Lula, articulando o ministro Lupi e definindo o PDT.

O PDT é um caso interessante. Não foi feito nenhum estupro. A maioria do partido, parlamentares, militantes tradicionais, querem ficar com Wagner.

Severiano, que por circunstâncias era o presidente e já tinha tudo acertado com Geddel, foi quem tava criando dificuldades, e está sendo um verdadeiro alivio para o partido a sua saída, que na sua maioria não apoiava a sua política.

Cesar Borges, com sua parte do PR (porque a maioria do partido quer Wagner) (Varela diz que é melhor ser presidente de partido do que parlamentar...)ficou em uma situação delicada.

Se a trama de Geddel tivesse dado certo, ele não contaria conversa: já tava definido como candidato a senador na chapa do reciclável. Como entrou água na maquinação, ele está na parede colocado pelo DEM de um lado e pelos apoiadores de Wagner pelo outro.

(Vocês viram na imprensa a noticia de que ACM JR estava reunindo a sua militância para dinamizar sua candidatura à reeleição. )

A não ser que Cesar Borges saia candidato pela chapa de Paulo Souto. Ora, todos sabemos que se sai ACM JR e Cesar Borges candidatos, os dois perdem, sem nenhuma chance de disputa, pois disputam na mesma faixa do eleitorado.

Geddel, o reciclável, (ou vassoura de bruxa como definiu um homem do campo com sua sabedoria...) marcou um “encontro do PMDB” em Jequié, na esperança de receber o apoio de Cesar Borges na sua terra. Que não é bobo nem nada não deu.

MAS O INFERNO ASTRAL DO RECICLÁVEL AINDA NÃO ACABOU. TENTOU ESTICAR A CORDA DEMAIS COM O JOÃO E QUASE QUEBRA!

Todo mundo sabe o quanto é constrangedora a situação que o prefeito de Salvador vive na administração.

Geddel controla a maioria das secretarias, as mais importantes, com mão de ferro, com uma diária postura de desrespeito exercido por ele e seu irmão, o “famoso” Lucio, onde exigem “lealdade” e forçam o despacho com eles mais do que com o próprio prefeito.

Pois, não é que o Reciclável, na maior sem cerimônia, queria forçar João a entregar mais duas secretaria, deixando-o praticamente sem nenhuma de sua indicação e confiança?

Não tem prefeito que resista. A historia está cheia de casos. Pode ser pai e mãe, sentou na cadeira, pegou a caneta, o pensamento do prefeito, DIARIAMENTE É DE SE LIBERTAR DO TUTOR, por mais que tenha jogado certo papel na sua eleição.

João, que não é nada bobo, viu no momento político de enfraquecimento de Geddel, o momento de se livrar dos absurdos que ele “só vê passando” nas secretarias sob controle do, como dizia ACM, “agatunado”.

Fez a jogada de se aproximar de Wagner, deixando vazar o conteudo da briga que teve com Geddel, que o Geddelista Andre Curvelo se esforça para desmetir.

AGORA O JOGO VAI SER JOGADO COMO SE DEVE.

Entre Wagner e Paulo Souto. Entre dois projetos diferentes para a condução da Bahia.

O eleitorado vai ter condições de ver quem fez mais pela Bahia. Vai decidir se Wagner deve continuar ou não, comparando seus quatro anos com os dezesseis do carlismo.

Vou contar um fato real, que todo o mundo político conhece. A Bahia teve um determinado governador, (por um pequeno período...) em sua historia, que chocava os seus correligionários, deputados federais ou estaduais, empresários etc, porque, por incrível que pareça ele despachava assim:

O sujeito chegava no gabinete, cheio de argumentação sobre determinado projeto, que seria bom para o povo, por isso, por aquilo...ele interrompia o interlocutor e soltava na cara: “FULANO, TÁ BOM. MAS EU VOU GANHAR QUANTO?” (nunca quis menos de 20%...)

A Bahia, com certeza, não quer de volta esses tempos.

Antonio do Carmo