terça-feira, 4 de agosto de 2009

GEDDEL O RECICLÁVEL: ANATOMIA DE QUEM TEM UMA ÚNICA IDEOLOGIA – ESTAR NO PODER – (numero 02) (republicado POR SER ATUAL)

ESSE GEDDEL....

Numa cerimônia aos prefeitos em Brasília, Lula teria feito "elogios"ao Ministro Geddel. Li no respeitável Bahia Notícias.

Eu não vi a cena, não sei exatamente o que Lula disse e em quais circunstâncias. Mas imagino que seja verdade. Ele deve ter elogiado mesmo.

Vocês sabem que discordo da política, da atitude e do que representa Geddel na política baiana, mas se eu fosse Lula, eu faria a mesma coisa.

Sem querer ser tão criativo quanto o presidente Lula, nas suas popularíssimas analogias: imaginemos que Geddel seja uma bonita dama (sic), e que tivesse algo que você (lá ele) estivesse a fim.

Quer conquistá-la só para obter aquilo, por uma noite. O que é que você faria? Lógico. É instintivo. Cantaria essa dama com a melhor cantada que tivesse disponível, faria declarações de amor eterno, ofereceria chocolates, vinhos caros, a depender da mulher, poderia ser uma BMW ou somente o dinheiro do táxi.

Foi isso que Lula fez.

Ao longo do seu governo, Lula teve que costurar uma maioria governista também dentro do PMDB (coisa que qualquer um que governe tem que fazer).

Não existe partido nacional. O que existe são vários donos regionais, a maioria egressa dos quadros da antiga Arena.

Geddel é um deles: rompeu com o carlismo apenas por razões familiares que não convém falar. Não tem nada a ver com a história do velho MDB.

Embora seja pouco expressivo, comparado com um Sarney ou um Renan, ele foi o que mais negociou. Passou de oposição radical a situação num estalo.

Virou ministro graças à benção de Wagner. Agora, é o escorpião que quer picar seu aliado de travessia.

Não acredito que Lula goste de Geddel, mas ele avalia que precisa do PMDB para eleger Dilma.

não ama ninguém. Cultiva a intriga palaciana rasputiniana, um ambiente que Wagner rejeita por convicção.

As discussões em torno do senado, configura um ambiente, o que pareceria ruim para o PMDB, caso este fosse um partido, acaba sendo útil para Geddel: o enfraquecimento de Sarney enfraquece a ala “governista”, como querem a mídia, o PSDB e o DEM.

Geddel não tá nem aí. Contabiliza o lucro.

O PMDB todos sabem que é aquele brega, né? É dinheiro pra cá, quero mais pra lá... Geddel não tem força numérica dentro do PMDB. A sorte dele é que ele virou uma espécie de fiel da balança. Surfa na situação gerada dentro de um partido dividido no qual um pentelhésimo de voto pode decidir a disputa pró-Serra ou pró-Lula.

é. Nos ziguezagues que a política dá, eis que Geddel se tornou uma dama cobiçada. Não por ter muitos atributos, mas por possuir a chave do brega, onde estão guardados minutos preciosos na TV em 2010.

Conquistar a maioria do PMDB, significa aos pretendentes gastar com buquês de flores, vinhos caros, BMWs, oxi, desculpe, misturei mulher de novo... na verdade to falando de cargos, música para os ouvidos e faz-me rir, muuito faz-me rir.

É isso, Geddel seria, então, uma dama fácil, daquelas que, de tão fácil, todo mundo tem chance com ela. É a noite de glória. Aí posa de difícil - enquanto o preço dela sobe. Não existe amor nessa relação.

Quem pensar isso e dormir no ponto, vai acabar tomando um “boa-noite-Cinderela”. Lula, o mestre da sedução, foi lá e bancou o jogo alto da fulana (você não vale nada, mas eu gosto de você). Mas ele bem sabe, esse tipo de teúda tem que ser vigiada, pois é daquelas que vacilou um minuto, olha ela lá, pulando o muro do vizinho.

É da sua natureza.

Antonio do Carmo

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