ALON ESTÁ EQUIVOCADO.

ELE DIZ QUE, QUEM NÃO QUER O PMDB, NA CÂMARA E NO SENADO, NÃO QUER LULA, COM A FACA E O QUEIJO NA MÃO EM 2010.

Alon, é um antigo querido companheiro, da epoca da reconstrução do movimento estudantil, da Comissão Pró UNE.

Hoje, ele é um todo poderoso de Brasilia, articulista do Correio Brasiliense, tem um Blog, chamado “Blog do Alon”, lido pelas cabeças coroadas da politica nacional. (mas, coroada mesmo! Tipo Mantega, Malan, etc).

Pois bem.

Ele desenvolve uma analise, onde fundamenta os seguintes pontos:

O melhor para Lula seria a eleição de Temer;
Mesmo com a circunstancia de Sarney ganhando a eleição no Senado;
Nos dois ultimos anos de governo, Lula não teria nenhuma materia de interesse para ser votada;
Lula estaria tocando o PAC a mil por hora;
Lula, no acordo com Temer, com sua eleição, indicaria o presidente do PMDB;
Lula estaria com as cartas nas mãos, para o PMDB definir o apoio a Dilma.

A analise de Alon, peca em alguns aspectos. Primeiro, não considera a característica do PMDB, (citada por ele) de volatilidade no apoio politico, funcionando em função de posição de força do aliado.

Hora, em uma circunstancia de força de Serra nas pesquisas, conjugado com um agravamento da crise econômica, um PMDB, com a força de Ministérios e Presidência das duas casas, iria prevalecer o apoio a Dilma, só porque Lula “tem” o Presidente do Partido?

Nesta conjugação de circunstancias, ter o PMDB apenas no Senado, (não tão forte) não abriria um espaço de disputa maior do apoio politico à Dilma?

Outro importante aspecto, diz respeito a “não ter matérias importantes para votar. Mas tem a dinâmica da vida politica, no meio de uma crise econômica, onde podem surgir “novidades” que ameacem a estabilidade politica e, neste momento, Lula estaria, apenas nas mãos do PMDB.

O dividir para governar, que o articulista analisa como favorável a Lula, não se dá com as duas casas em mãos do PMDB. E sim com outro Presidente que equilibre o comando politico com Sarney.

Claro que Sarney passa a ter uma força maior. Mas muito mais administrável do que o grupo da Camara, dirigido por Temer, que a historia politica recente, mostra as suas características.

Antonio do Carmo