domingo, 28 de junho de 2009

GABRIELLI DEU ENTREVISTA AO JORNAL ESTADO DE SÃO PAULO BOTANDO O DEDO NA FERIDA DOS ATAQUES A PETROBRAS

A ENTREVISTA É BOA, ESCLARECEDORA, LONGA (me deu vontade de publicar toda...mas...) PUBLICO TRECHOS E NA ÍNTEGRA VOCES PODEM VER NO BLOG DA PETROBRAS (tem link aqui no Blog..)

“...Entrevistador: Agora, nesse sentido, estão surgindo hoje umas reportagens sobre a história de remuneração dos diretores.

José Sergio Gabrielli:

Pois é, esse um exemplo, infelizmente até o Estadão entrou nessa matéria muito ridícula, porque ela é uma matéria que não tem fato novo nenhum, porque inclusive a divulgação disso é da nossa própria assembléia geral, que é pública.

A informação refere-se à remuneração dos dirigentes da Companhia de forma bastante truncada, envolve um claro indício de crime de quebra de sigilo fiscal, porque, aparentemente, o repórter que fez a matéria para o Correio Braziliense obteve de forma fraudulenta informações fiscais que são protegidas pelo sigilo fiscal.
Dessa maneira, portanto, de um lado ela é evidência de um crime. De outro lado, do ponto de vista dos valores, são bastante modestos comparados com empresas do mesmo tamanho. Se você compara, por exemplo, com a Petrobras… todos os dirigentes da Petrobras receberam R$ 7 milhões em 2007…

Entrevistador: R$ 7 milhões?

José Sergio Gabrielli:

No ano de 2007, você teve R$ 7 milhões e 108 mil da autorização de pagamento para diretores e conselho da Petrobras.

Entrevistador: Ah, tá. Isso todo mundo junto.

José Sergio Gabrielli:

Todo mundo junto. R$ 7 milhões 108 mil para todo mundo junto (diretores e conselheiros). O Itaú teve R$ 244 milhões, o Bradesco R$ 170 milhões, o Unibanco R$ 153 milhões, a Gerdau R$ 59 milhões, Vale R$ 43 milhões, Sadia R$ 16 milhões, Perdigão R$ 14 milhões, Aracruz R$ 9 milhões, CSN R$ 9,5 milhões. Portanto, a Petrobras é a menor de todas. Então, do ponto de vista da comparação com empresas brasileiras, ela é a menor de todas.

Se você comparar com as empresas internacionais, então, a Petrobras teve US$ 485 mil, a Exxon teve US$ 13,7 milhões, a BP US$ 4,2 milhões, Eni US$ 3,7 milhões, Total US$ 1,9 milhões.

Entrevistador: Mas o que eu vi ali, daquele questionamento, não é tanto pelo valor, mas pelo reajuste.

José Sergio Gabrielli:

Eu vou chegar lá. Primeiro o valor, o valor é pequeno. Como é que se chega a esse valor? O valor dos salários dos dirigentes da Petrobras, dos diretores da Petrobras, é o teto da remuneração da carreira da Petrobras. Nós ganhamos em torno de 10% acima do maior gerente, o presidente ganha em torno de 15% acima do maior gerente, e os diretores 10% acima do maior gerente.

Portanto, se você tem um salário que é baixo, para diretores e presidente, no que se refere à indústria, você achata toda a cadeia de salários da Companhia. Então, todo salário da Companhia é atrelado ao teto da Companhia, que é dado pelos diretores e pelo presidente. Consequentemente, você tem um achatamento.

O que acontece com isso? Você torna mais vulnerável os profissionais da Companhia às atrações de mercado. Como é que nós evitamos isso? Como é que nós deixamos de perder talentos? Nós temos a política de retenção de talentos.

Essa política de retenção de talentos envolve uma carreira profissional de longo prazo, envolve treinamento, envolve condições de trabalho adequadas, envolve um compromisso, uma transferência de valores, de compromisso das pessoas, uma avaliação de condições de satisfação dos trabalhadores, e a história da Companhia.

Os valores da Companhia, que faz com que ela seja uma Companhia em que as pessoas gostam de trabalhar. Mesmo ganhando menos, elas ficam na Companhia.

Então esse é um problema. E um terceiro elemento importante é o reajuste. O reajuste dos salários dos diretores da Petrobras acompanhou o reajuste dos acordos coletivos dos trabalhadores, porque se ele é teto, acompanha os acordos coletivos.

(nota do Blog: RECENTEMENTE A PETROBRAS PERDEU UM IMPORTANTE DIRETOR PARA O EMPRESARIO EIKE BATISTA)


GABRIELLI FALA SOBRE O SÃO JOÃO

Entrevistador: Então vamos falar do carnaval.

José Sergio Gabrielli: Nós fizemos o carnaval também. Nossa presença no carnaval foi, em muitos momentos, criticada e estamos presentes. Estamos presentes não só na festa, mas na estrutura social, do apoio social das escolas de samba do Rio de Janeiro, das escolas de samba de São Paulo.

Participamos de festas étnicas e de outras origens étnicas brasileiras. O mosaico da cultura brasileira, ser brasileiro, a relação da Petrobras com a brasilidade é uma coisa que é orgulho da Petrobras, não é uma vergonha.

O critério para apoiar festa de São João é onde tem festa de São João tradicional.

O fato de um jornal, a Folha de São Paulo, publicar: ‘Ah, mas vocês fizeram a festa para Sergipe e Bahia. E em Sergipe e Bahia, todos os dois governadores são governadores do PT.’ Só que o jornal esqueceu que nós começamos em 2005.

E os dois governadores eram do PFL, do Democratas. Por que é na Bahia e em Sergipe? Porque, primeiro, tem festa de São João. Segundo, nesses dois estados há a maior presença a Petrobras no Nordeste.

Entrevistador: Não há, então, uma escolha de prefeituras, uma escolha partidária?

José Sergio Gabrielli:

É uma escolha de onde tem festa de São João. Neste caso, não sei o número exato, tem 11 prefeituras do PT. Mas não é porque as cidades têm São João que é prefeitura do PT. Coincidiu. Outras são do DEM, do PSDB, do PMDB, dos outros partidos. É só fazer a conta. São fatos. Entra no blog que está lá. O número está lá. É livre acesso.

Entrevistador: Falando no blog, você diz que a Petrobras está pronta para comprar uma briga…

José Sergio Gabrielli:

Não, não queremos comprar briga nenhuma. Nós estamos nos defendendo apenas.
Entrevistador: Por enquanto.

José Sergio Gabrielli:

Nós estamos nos defendendo. Vamos nos defender. Agora, o ataque faz parte da defesa também. Nós não temos ataque nenhum ainda.

Entrevistador: E quando começa?

José Sergio Gabrielli:

Bom, não vamos nem queremos começar ataque nenhum. Não tem muito por quê. Nós estamos nos defendendo.

Entrevistador: O blog já foi um ataque…

José Sergio Gabrielli:

O blog é defesa. Blog é difusão de informação da Petrobras. É difusão de fatos e dados. É combate a distorções, é combate a interpretações equivocadas.

Entrevistador: Vocês vão manter o blog depois da CPI?

José Sergio Gabrielli:

Vamos manter o blog. Comecei uma nova seção que é “perguntas à imprensa”. Vamos começar cobrir matéria da imprensa também.

Entrevistador: Cobrir matérias como?

José Sergio Gabrielli: É um veículo de comunicação.

Entrevistador: É um blog com conteúdo jornalístico.

José Sergio Gabrielli: Com conteúdo jornalístico. É claro”

Antonio do Carmo


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