sábado, 27 de junho de 2009

FERROVIA OESTE LESTE: "O GOVERNADOR WAGNER TERÁ UM LUGAR GARANTIDO NA HISTÓRIA ECONÔMICA DA BAHIA"

SÃO AS PALAVRAS DE ARMANDO AVENA, (ex secretãrio de Planejamento dos governos carlistas)EM ARTIGO NA TARDE, QUE TRANSCREVO NA ÍNTEGRA. (vale a pena ler)

"A ferrovia da Bahia

Em se tratando de planejamento, meu professor foi Rômulo Almeida, mas em termos de jornalismo, Jorge Calmon, por cujas mãos ingressei como colaborador no jornal A TARDE, foi meu mestre. Com sua voz pausada, disse-me ele certa vez que um jornalista é realmente digno de sua profissão quando não precisa atender ao governo, que sempre quer elogios, nem à oposição, que sempre quer críticas.

Tomei ao pé da letra o ensinamento do mestre e tenho criticado o governo e oposição naquilo que me parece equivocado, mas também exerço o direito ao elogio e, neste artigo, quero tecer loas ao projeto logístico do governo estadual que, se implantado, vai revolucionar as rotas de escoamento da produção baiana.

Refiro-me especificamente à Ferrovia Oeste-Leste – cujo traçado só agora tive oportunidade de conhecer numa reunião privada em Brasília – que vai ligar a cidade de Ilhéus, no sul da Bahia, a Figueirópolis, no estado do Tocantins.

O ramal vai passar por dezenas de município baianos, pelos municípios goianos de Posse e Campos Belos, em Goiás, e chegar a Figueirópolis, no Tocantins, interligando a Bahia ao grande eixo ferroviário, que se constituirá a Ferrovia Nor te-Sul.

Além disso, o complexo logístico prevê também a implantação de um porto a ser construído na Ponta de Tulha, em Ilhéus, que ligará o litoral baiano aos grandes eixos ferroviários do País, pois, no futuro, a Norte-Sul deverá se entroncar com a Ferrovia Transnordestina.


Sem essa Ferrovia Oeste-Leste, a Bahia ficará isolada, será uma ponta solitária, sem ligação com as rotas básicas de comercialização do País. Mas, com ela em funcionamento, poderá escoar a produção de grãos do oeste da Bahia, o minério de ferro de Caetité, além de dezenas de outros produtos.

O governo Wagner sabe da importância do projeto e faz gestões para o início em novembro das obras para que seja possível viabilizar a conclusão do primeiro trecho, Ilhéus a Caetité, até julho de 2011, seguindo o seguinte cronograma: segundo trecho, Caetité a Barreiras, com previsão de conclusão em julho de 2012, e terceiro, de Barreiras a Figueirópolis, com conclusão prevista para dezembro de 2012.

Para cumprir esse cronograma, vai ser preciso muito empenho, pois algumas questões necessitarão ser contornadas pelo governo, a exemplo da licença prévia ambiental para viabilizar o início da obra, e a implantação simultânea do Porto Sul, que também necessita de licença ambiental.

Com o porto e a ferrovia, o litoral da Bahia estará unido ao interior, estabelecendo-se uma ligação intrarregional, entre o sudoeste e o oeste do Estado, e inter-regional, entre o Nordeste, o Centro-Oeste e o Norte do Brasil.

A Ferrovia Oeste-Leste é, portanto, a ferrovia da Bahia, e o governador Jaques Wagner, ao elegêla como principal projeto de infraestrutura do seu governo, deve saber que, se for capaz de implantá-la, terá um lugar garantido na história econômica da Bahia."

Antonio do Carmo

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